sábado, 22 de agosto de 2020

O Passo do Silvestre!

 

A lenda, ou não, do Passo do Silvestre!

Versões e fatos, datas controversas e muito, mas muito pano para romance!

Prof.º Paulo Santos

 

                                Foto do Passo do Silvestre - Crédito: Guia Macamp

Um tema que atrai, sobremaneira, nossa atenção é o Passo do Silvestre – origem do nome e o entorno simbólico que o cerca. Não são muitos os autores que tratam com objetividade este assunto. Observa-se a presença acentuada do elemento folclórico e o sobrenatural contrapondo-se ao rigor histórico.

Destaco aqui dois autores que tratam do episódio do Passo do Silvestre sob a ótica da mistura do lendário com o factual. Primeiramente, Jesus Pahim, escritor, historiador, há muito radicado em Itaqui e uma das referências da pesquisa histórica na região, através de sua obra Lendas de Itaqui. Coleção Mitos e Lendas de Itaqui. 1.º Volume, composto pela Novigraf, 2005.

 

                                       Capa do livro de Jesus Pahim

O outro, do grande autor uruguaianense, Colmar Duarte, poeta e ficcionista, um dos grandes artífices da Califórnia da Canção Nativa, de Uruguaiana, com sua obra O Fantasma do Passo do Silvestre, editada pela Movimento, Porto Alegre, 2016. E a qual tenho um volume autografado pelo autor, recebido através do prof.º Milton Pinto Ribeiro.

Capa do livro de Colmar Duarte, Editora Movimento

Pahim  (p.23/26) trabalha com a fundamentação da lenda mesclando com dados históricos.  Primeiramente, atribui ao personagem principal, o nome de Facundo Silvestre, que seria proprietário de uma grande estância de criação de gado próxima a cinco léguas com perto de quinze mil cabeças de gado, nas imediações do passo que levaria, mais tarde, o seu nome, através do rio Ibicuí, divisa de Itaqui com Alegrete. Teria cinco filhos.

O autor enfatiza que Silvestre amealhou boa fortuna, sendo motivo de intrigas por parte de inimigos por suas posições políticas. Nesse ponto, Jesus Pahim situa o espaço histórico-temporal – a Revolução de 1893, a famosa Federalista, da degola.

Cita que neste período sua casa fora cercada por uma força castilhista, tomando conta da estância, matando várias reses para consumo da tropa, atacando a família de Facundo Silvestre. Os familiares teriam sido aprisionados e fortemente amarrados. O dono da estância consegue escapar, tentando elaborar um plano para salvar a família. Pahim, neste momento não descreve que os familiares de Silvestre foram agredidos ou assassinados por esta força inimiga.

Seguindo a narrativa, a revolução terminara e, somente aqui, as notícias correram no sentido de que sua família fora degolada e os corpos deixados insepultos no campo. A figura de Silvestre surge no imaginário popular. Alguns chefes e inimigos castilhistas começam a morrer misteriosamente. Nos galpões surgem prosas eivadas de mistérios – um gaúcho todo de preto, montado num cavalo negro e um revólver calibre “45”. Era o Silvestre eliminando, um a um, os matadores de sua família.

Jesus Pahim enfatiza que “com o passar dos anos, a tradição deu o nome de “Silvestre ao passo daquele rio”.

Já Colmar Duarte usa o mote do Passo do Silvestre para escrever um romance onde mistura personagens reais, discutindo a ocupação da terra, das sesmarias, a briga entre os agricultores serranos ávidos por comprarem ou arrendarem campos para lavouras e os antigos estancieiros pouco convictos de abandonar a lida. Num capítulo, “O chamado do Genaro” (p.68/73) aborda especificamente o tema.

Parece que Colmar teve informações de algum descendente de Silvestre. O nome muda um pouco em relação a Pahim – é Silvestre Gomes, dono de terras entre o Ibirocaí e o Ibicuí. Silvestre, conhecedor do lugar, e até mesmo interessado em facilitar o acesso a possíveis compradores de suas terras, abriu picadas e fez passagens para os campos missioneiros do outro lado do Ibicuí. Não fica muito claro, entre os dois autores, se a propriedade de Silvestre ficava no lado itaquiense ou de Alegrete.

E Colmar também delineia que o estancieiro era maragato, inimigo mortal dos republicanos castilhistas. Estes, teriam atacado sua estância, na Revolução de 1893, amarrando-o junto a seus familiares, espancando e violentando a mulher e filha moça. Ato seguinte, levaram-no até o passo para degolá-lo. Silvestre, reage e consegue fugir dos invasores. Fica um tempo escondido e volta para casa, encontrando ainda filha e esposa vivas, entretanto, pelos sofrimentos e abalos mentais, elas não sobrevivem.

Colmar reforça a tese de Pahim de que Silvestre ficara revoltado e jura vingança. Terminada a revolução, todos voltam à normalidade. Silvestre Gomes começa a rondar todos os inimigos que destruíram sua família e os vai matando, um a um. Primeiramente, atira no peito de cada adversário encontrado e o degola posteriormente. Após atirar com seu Colt 45, avisava: “eu sou o Silvestre Gomes!

E os relatos davam conta de que havia um fantasma por ali, segundo Colmar, o “Fantasma do Passo do Silvestre”. O imaginário popular pulula de boca em boca e até hoje alimenta as rodas de charla nos galpões costeiros. Dizem, segundo o texto de Colmar Duarte: “que ele é visto rondando as coxilhas, E que, quando algo errado está acontecendo, fica por perto, como uma mau presságio, à espera da reparação e do justo castigo”.

De acordo com as fontes de Colmar, bem mais tarde, Silvestre volta a casar com uma índia charrua, deixando descendentes, dos quais coletou depoimentos para seu livro.

Nas duas abordagens algo fica muito claro – o fato deu-se na Revolução de 1893.

O Passo do Silvestre, entretanto, já teria este nome bem anterior data em questão. Como coletamos informações as mais diferentes possíveis de nossa história, fomos encontrar referências que comprovam que este nome não se refere a 1893.

No Jornal do Commercio, Rio de Janeiro, edição n.º 233, página 3, de 23 de agosto de 1874 informava que “achavão-se em Ibicuhy, passo do Silvestre, o Coronel Conrado e o major Cunha Mattos, engenheiros da Commissão de fortificação da província, que alli forão escolher o local para o ocampamento do exercito de observação, que vai ser criado naquella fronteira”.  Optamos pela transcrição textual como forma de substanciar a fonte. Ou seja – em 1874 havia o passo com este nome.

Retroagindo um pouco mais, em 11 de abril de 1867, o Correio Mercantil, RJ, edição n.º 101, página 1, noticiava: “O exercito a mando do sr. Barão do Herval seguirá, no dia 1 de março de 1867 em numero de dous mil homens para o Passo do Silvestre onde reunir-se-ão os diversos contingentes do general Canabarro e marcharão para São Borja.” Estaríamos portanto, na Guerra do Paraguai.  Ano – 1867.

E para sacramentar a tese de que o nome do Passo do Silvestre não se refere à Revolução Federalista de 1893, temos a informação do Jornal do Commercio, RJ, edição n.º 68, página 1, dia 3 de novembro de 1858. O texto diz: “O corpo do exercito de observação que consta de 8.000 mil praças, se acha acampado na margem esquerda do ibicuhi, no passo do Silvestre, desde o dia 6 de fevereiro”. Esta força era responsável para cuidar da movimentação da Banda Oriental. Vejamos, ano de 1858, quando Itaqui emancipa-se de São Borja, o passo do Ibicui, entre Itaqui e Alegrete, já tinha o nome de passo do Silvestre.

E agora, o fantasma assusta mais ainda! A lenda vem de remotos tempos. As fontes deixadas não foram muito exatas. Quem sabe os relatos orais passados de geração a geração tiveram como parâmetro o ano de 1893. Contudo, as fontes anteriores deixam bem claro que o nome já existia, no mínimo, desde 1858.

Pesquisadores e historiadores são gente que gosta de dados, números, datas, fontes e comprovações. É um pessoal rabugento! Duvidam de tudo, querem provas. “Fuxicam” em tudo! Gentinha bem danada essa!

Vamos deixar que o folclore alimente as rodas de conversas ao pé do fogo dos galpões, nas chimarreadas, nas campereadas.

O homem simples não se apega a fontes. Pelo contrário, ele bebe das fontes do imaginário telúrico.

Indiferente se o nome era Facundo Silvestre ou Silvestre Gomes, se existiu ou não. O fato é que a lenda perpetuou-se na memória popular e hoje ela faz parte de nossa história. Se existiu ou não, a verdade é uma só – todos que passarem naquela travessia do Ibicuí em noites de pura treva lembrar-se-ão que ali há um fantasma – “o Fantasma do Passo do Silvestre”! E arregalarão os olhos! E tremerão nas bases! Afinal, com essas coisas não se brinca!

E quem duvidar, que arranje outra versão.

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Dr.º Aureliano Pinto Barbosa

 

Dr.º AURELIANO PINTO BARBOSA

Exponencial figura da história antiga de Itaqui

1861-1918

Prof.º Paulo Corrêa dos Santos

 

Aureliano Pinto Barbosa era filho de Tristão Pinto Barbosa e Ephigenia Nunes Barbosa.

Neto paterno de Manuel de Almeida Barbosa e de Francisca Maria de Oliveira Pinto. Bisneto paterno de Constantino José Pinto e Ricarda Gomes Lisboa. Constantino era primo-irmão do maior campeador rio-grandense: Rafael Pinto Bandeira.

Neto materno de Manuel Nunes da Silva e Maria Hygina Antunes da Silva.

Trineto paterno de Antonio José Pinto e Felicia Maria de Oliveira, ele da Colônia do Sacramento, ela, de Viamão, RS.

Tetraneto de Manoel Pinto Santiago e Luísa Escócia Rodrigues, ele Capitão de Infantaria da Colônia de Sacramento.

        Foto do Dr. Aureliano quando jovem. do acervo da flia. Dr.º Marco Aurélio Barbosa

Aureliano Pinto Barbosa nasceu, conforme registros da Cúria Diocesana do Bispado de Uruguaiana, em 5 de novembro de 1861, sendo batizado em 14 de junho de 1862, pelo primeiro vigário de Itaqui, Padre José Coriolano de Sousa Passos. Foram seus padrinhos, os avós paternos Manuel de Almeida Barbosa e Ricarda Almeida Barbosa. Existe outra informação, onde diz que Aureliano teria nascido em 5 de novembro de 1858, na fazenda Santa Maria, propriedade da família, no município de Itaqui.

Casa à esquerda onde residia Aureliano Barbosa, foto de 1908/1910




Fez o curso de Humanidades, em Porto Alegre, seguindo após para a capital federal, Rio de Janeiro, até o 4.º ano de Engenharia. Em Pernambuco cursou Direito, formando-se em Recife, no tempo do Império de Dom Pedro II. Foi aluno do célebre Tobias Barreto e parceiro do famoso poeta romântico, Castro Alves.

Foi deputado provincial, participando da primeira Constituição republicana, obra tida como de exclusividade do patriarca Júlio de Castilhos. Também foi deputado federal. Aureliano era um republicano fervoroso, constando, junto com Júlio de Castilhos, Assis Brasil e Demétrio Ribeiro, como um dos fundadores do Partido Republicano no Estado. Seu nome aparece na assinatura do texto final da Constituição Política do Estado do Rio Grande do Sul, data: 14 de julho de 1891.

Parece que mais tarde, decepcionado, teria passado para os federalistas. Podia ser efeito disso, o que ocorre em 14 de julho de 1891, onde vamos encontrar o Ato N.º 593, do governo estadual “declarando sem efeito a nomeação do Dr.º Aureliano Pinto Barbosa para Tenente-Coronel, Comandante do 146.º Corpo de Cavalaria da Guarda Nacional da Comarca de Itaqui e nomeando em seu lugar, Horácio Fernandes”. No meio da família Barbosa fervilhavam defensores ferrenhos, ora republicanos, ora federalistas. Afinal, republicanos e federalistas eram facções de um mesmo partido.

Foi o Intendente que sucedeu ao Coronel Felipe Nery de Aguiar quando de seu falecimento. Foi eleito vice-intendente de 1896 a 1900 e Intendente de 1900 a 1904.

Como Tenente-Coronel, comandou o 11.º Corpo Provisório do Estado, organizado em Itaqui, em 3 de setembro de 1893 em defesa da legalidade, ou seja, do regime republicano, na Revolução Federalista. Seu nome consta em várias listas da Guarda Nacional, novo ainda.

Era o presidente do Clube Republicano, na cidade, e quando a República foi proclamada, lá estava ele liderando em 1889, sendo vice, Pedro Dinarte Pinto. A sessão de instalação da República em Itaqui foi presidida na Câmara de Vereadores por Eduardo Fernandes Lima em dois momentos: o primeiro ato ocorreu às 15h do dia 18 de novembro, e o segundo, às 18h30min do mesmo dia.

Sobre a família de Aureliano há poucos dados. Sabe-se que casou com América de Sousa Barbosa, filha do Tenente-Coronel Manoel Luís de Sousa e de Balbina Gonçalves de Sousa. Alguns filhos conhecidos:

1.                      Colinaura, de batismo,(Francisco, de registro), falecida em 04 de maio de 1890;

2.                      Atanagildo;

3.                      Emília Barbosa, casada em maio de 1914 com seu primo Bolívar Barbosa, filho de Marciano Pinto Barbosa, diretor de jornal, assassinado em circunstâncias trágicas pelo Dr. Otávio de Ávilla;

4.                      Danton, nascido em fevereiro de 1895 e falecido em 7 de junho de 1896;

5.                      Ephibalbi, sem mais dados.

Aureliano faleceu em Itaqui em 23 de janeiro de 1914, com 53 anos, às 24h10min, em sua residência na esquina das atuais ruas Independência com Euclides Aranha, onde hoje está situada a empresa de Cursos Exatus.

Através do Ato N.º 73, de 23 de janeiro de 1914, o Intendente Coronel Euclides Egydio de Sousa Aranha “abre crédito para os funerais de Aureliano Pinto Barbosa”, além de ser concedido o terreno 104 para o seu jazigo. A família teria mais tarde construído um destacado mausoléu para abrigo de Tristão Pinto Barbosa e flia.

Por ocasião da invasão de Gomercindo Saraiva em Itaqui, no ano de 1893, Aureliano foi o encarregado de organizar a rendição, visto que as forças republicanas sofreram severa derrota, tendo alguns se refugiado nos navios da flotilha e outros bandeado, de armas e tudo, para o lado de Alvear. Conversou com o Dr.º Arthur Maciel. Pelo que se deduz dos relatos, não se deu a capitulação.

Em discurso na Câmara dos Deputados, Rio de Janeiro, sessão de 27 de agosto de 1897, o deputado Aureliano fez o seguinte aparte:

“Não sou apologista da morte e do assassinato. Tenho doutrina que guia os meus sentimentos e a minha conduta política e cívica. E vou referir a V. Ex.ª um fato. Quando o maior dos generais da revolução, Gomercindo Saraiva, aquele que foi o chefe supremo de todos, pela sua capacidade e tino, caía nobremente nos campos de combate, companheiros políticos me convidavam para festejar a morte com foguetórios e vivas. Eu lhes disse: não se deve festejar a morte do adversário, que morre nobremente nos campos de batalha, que uma vez empenhado na luta, não deixou um só momento de cumprir o seu dever e deu nobremente a sua vida. Soube depois que seu irmão, Aparício Saraiva, teve conhecimento desse fato passado entre mim e meus companheiros, e que por isso ficara meu amigo.”

Durante algum tempo em Itaqui existiu a rua Aureliano Barbosa. Hoje seu nome está perpetuado na Escola Estadual Aureliano Barbosa, situada na esquina das ruas David Canabarro e Frei Caneca. Uma justa homenagem a quem tanto se dedicou por sua terra natal.

 

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Genealogia Encarnação/Floriano

 

GENEALOGIA ENCARNAÇÃO

MARIA ANTONIA DA ENCARNAÇÃO

                                                                           Pesquisa: Prof.º Paulo Santos

Foto da Santa em poder da família Floriano(crédito blog Sangue Palmeiro)

Nascida em Florianópolis, SC, faleceu e, 12.02.1821, Rio Pardo, RS.

Falecida:18.02.1821, Rio Pardo, RS.

MANOEL JOSÉ MACHADO

Natural da Ilha Graciosa, Açores, Portugal, falecido em 01.07.1803, Rio Pardo, RS.

Tiveram 16 filhos, mas somente os relacionados abaixo foram possíveis de serem catalogados dados. Ainda que esta genealogia não esteja em sua formação definitiva, pois faltam informações e algumas ainda são confusas.

Pesquisas: Sites: Geni, Antigualhas, Mitoblogs, familysearch.org. MeHeritage,Google Família Silveira e outros.

 

Pais de:

1.   JOSÉ ANTONIO MACHADO OURIQUE

Nascido: 18.09.1796, Rio Pardo, RS Batizado: 14.11.1796 , Rio Pardo

Falecido: 26.10.1853. Porto Alegre.

EUGENIA ROSA DE JESUS

Pais:

1.1.        João Batista Machado Ourique. Nascido - 1821, casado em Porto Alegre, com Angela Francisca de Andrade.

Pais de:

1.1.1.   Damásia, nascida: 1851;

1.1.2.   Eugenia Rosa Machado Ourique;

1.1.3.   Cirila Machado Ourique

1.1.4.   Francisca- nascida 1865

1.1.5.   José Antonio Machado Ourique-nascido 1856

1.2.      Francisca. Nascida:10.09.1821. Rio Pardo. Batizada:08.12.1821, na Igreja de Nossa Senhora de Rio Pardo, RS.

 

2.   GERTRUDES MARIA DA ENCARNAÇÃO

Nascida em Rio Pardo.Falecida:1835

Casada no Oratório da sua mãe, em 25.11.1804 com José da Silva Paranhos.

Casada em 28.02.1808, Rio Pardo, com Ignacio José Carvalho

Pais de:

2.1.        Manuel José de Carvalho;

2.2.        José de Carvalho;

2.3.        Domiciana de Carvalho Ourique

2.4.        Rita Maria de Carvalho Marques, casada com Luiz Pereira Marques;

2.5.        Carolina Amelia de Carvalho, casada com Manuel Pereira de Barros;

2.6.        Anna Francisca de Carvalho, Nascida: 20.02.1822, Rio Pardo, RS, Batizada: 01.05.1822, Rio Pardo, RS, casada com Antonio José da Costa Barbosa;

2.7.        Ignacia Maria Machado de Carvalho

 

3.   FELICIANA JOAQUINA DA ENCARNAÇÃO

Natural de Florianópolis, SC. Falecida:26.05.1849, Itaqui, RS

Casada em 14.02.1805, Rio Pardo, RS com FLORIANO MACHADO FAGUNDES, natural de São José dos Pinhais, PR, falecido em 19.09.1848,no local Bom Retiro, Itaqui, RS

Pais de:

3.1.        Pedro. Nascido: 06.06.1819, São Borja, S, batizado: 03.04.1820, São Borja, RS

3.2.        JOSÉ FLORIANO MACHADO FAGUNDES. Nascido:29.12.1815, batizado: 01.06.1817, São Borja.RS, casado com CANDIDA DELFINA DA ENCARNAÇÃO, filha de IGNACIA DELFINA DA ENCARNAÇÃO (irmã de FELICIANA) e João José de Oliveira Guimarães;

Pais de:

3.2.1.   JOSÉ FLORIANO MACHADO FAGUNDES FILHO-Nascido:1839. Falecido:1895, casado com  Maria Candida Fonseca (ou Pacheco), apelido “Candoca” , falecida em 27.05.1909, Itaqui, RS ;

3.2.2.   ISMAEL FLORIANO MACHADO FAGUNDES. Nascido: 14.05.1841, Itaqui, RS, falecido: 26.11.1921, Itaqui, RS, casado com Laudelina Figueiredo Machado Fagundes, falecida, Itaqui, RS

3.3.        Maria Leopoldina da Encarnação, casada com João José da Fontoura Palmeiro.

Pais de:

3.3.1.   Amâncio Machado Palmeiro;

3.3.2.   João Machado Palmeiro.

3.4.        Manuel. Nascido: 08.11.1807. Batizado: 12.12.1807, Rio Pardo;

3.5.        João. Nascido- 29.04.1814, batizado: 23.07.1815, São Borja, RS;

3.6.        Manoel (outro) Nascido- 02.07.1823. Batizado: 26.08.1823, São Borja, RS.

JOSÉ FLORIANO MACHADO FAGUNDES, filho de FLORIANO e FELICIANA, também casou com Maria Madaglena Pinheiro, de Santiago do Boqueirão, RS

Pais de:

3.3.3. CESARINA FLORIANO MACHADO, nascida em 1865. Santiago, casada com NASCIMENTO ANTONIO CORREA, nascido: 1860, falecido: 07.10.1930, Itaqui, RS. (meus bisavós)

Pais de:

3.3.3.1. Thimoteo Floriano Corrêa, casado com Isabel Mello Corrêa – meus avós maternos:

3.3.3.2. Virgilina Corrêa dos Santos, casada com Osvaldo Silveira dos Santos – meus avós paternos.

 

4.   ROSA JOAQUINA DA ENCARNAÇÃO

Nasceu na Ilha de Santa Catarina. Faleceu: 13.07.1802. Porto Alegre

Casada com Tenente José Francisco da Cunha, nascido: 25.08.1759, Porto Alegre, RS, casados em 14.01.1795, Rio Pardo.

Pais de:

José- Nascido: 15.03.1798, Rio Pardo, RS,

Batizado: 10.06.1798, Rio Pardo, RS.

Casada  com Manuel (ou Luís)  Carvalho da Silva, filho de Manoel Carvalho da Silva e Faustina Correia Pires.

 

5.   MARIA DELFINA DA ENCARNAÇÃO

Casada com Manuel Inacio Alves Coelho de Souza (dos Reys), no oratório da casa da mãe, Rio Pardo, em 02.08.1813.

Pais de:

5.1.        JOSEFINA MARIA DA ENCARNAÇÃO, casada em 30.11.1832, Rio Pardo, com RICARDO ANTONIO DE MELLO, filho de Ricardo Antonio de Mello e Perpétua Felicidade de Borba.

Ricardo e Josefina eram os pais de FRANCISCO ANTONIO DE MELLO com JOANA ISABEL ESTIGARRIBIA, pais de ISMAEL LEÃO DE MELLO casado com MAURÍLIA OVIEDO DE MELLO, pais de ISABEL MELLO CORRÊA (minha avó materna)

 

6.   MANUEL JOSÉ MACHADO (FILHO)

Nascido 08.11.1807, Rio Pardo, RS,

Batizado: 12.12.1807, Rio Pardo, RS.

Falecido:12.12.1848, São Borja, RS.

GERTRUDES MARIA DE BORBA

Pais de:

6.1.        Rita, nascida em 1817, falecida em 1834;

6.2.        Maria José Machado, Baronesa de Quaraí, nascida em 1819, falecida em 1878;

6.3.        Josefa Maria da Conceição- nascida em 1820.

6.4.        Francisca Machado, casada em 1821, com Manuel José de Freitas Travassos- nascido em 1812, falecido em 1885.

Pais de:

6.4.1.   Luísa Machado de Freitas casada com Antonio Pereira Prestes.

Pais de:

6.4.1.1.       Antonio Pereira Prestes casado com Leocádia de Almeida Prestes.

Pais de:

6.4.1.1.1.   LUÍS CARLOS PRESTES, nascido: 08.01.1898, casado com OLGA GUTMAN BENÁRIO, nascida: 12.02.1908, Alemanha. Falecida: 1943, Alemanha.

 

7.   ANA ROSA DA ENCARNAÇÃO

Nascida em Rio Pardo. Falecida em 07.05.1838, Itaqui, RS

Casada com Vicente Alves de Oliveira, em 04.05.184, Rio Pardo.RS

 

8.   IGNACIA MARIA DA ENCARNAÇÃO

Nascida em Rio Pardo. Falecida em 1843, Porto Alegre, RS

Casada no oratório da casa da mãe, em Rio Pardo, em 15.07.1807, com João José de Oliveira Guimarães, natural de Portugal

Pais de:

8.1.        CANDIDA DELFINA DA ENCARNAÇÃO, falecida em 1858, casada com JOSÉ FLORIANO MACHADO FAGUNDES, filho de FLORIANO MACHADO FAGUNDES

·         FLORIANO MACHADO FAGUNDES, assassinado  em 1848, São Borja, em território que passaria a pertencer mais tarde a Itaqui, costa do rio Ibicuí, localidade do Bom Retiro, que na época tinha outro nome.

·         Floriano tinha contratado uns peões argentinos para sua estância. Estes entraram em serviço a partir de abril de 1848. Quando foram ajustar as contas, não houve acerto e as partes entraram em luta. Eles queriam oito contos mensais, poder levar os 22 cavalos mansos e uma égua madrinha que pertencia a quatro. O grupo que invadiu a fazenda era composto de 8 homens, chefiados por um tal de Corazon de Jesus Caceres.

·         Floriano junto a dois escravos, armados com armas de fogo, resistiram ao ataque dos invasores argentinos. Sua esposa e uma nora estavam no local.

·         Dia 19 de setembro de 1848, no distrito da Cruz, São Borja, Floriano Machado Fagundes  e um escravo acabam morrendo no conflito, que gerou um incidente internacional pois os fugitivos foram  para a Argentina. Floriano era liderança local de prestígio.

A A imagem que introduz este estudo estaria presente na hora da invasão à Fazenda de Floriano, estando em poder de sua esposa, Feliciana Delfina da Encarnação. Esta, teria sido agredida com um golpe de espada, que foi amortecido, segundo  relatos orais dos descendentes, na estátua. Parece que a mesma ficou com parte da estrutura cortada. Com isso, a esposa do Tenente Floriano não teria falecido no momento. Entretanto, segundo a gravidade do golpe, pouco tempo depois faleceria. Não é bem certo que a morte tenha sido em consequência, mas supõe-se que sim. Os relatos do passado ficam prejudicados pela distância do tempo e a forma como as narrativas chegam até nós. 

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